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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

25 shows nacionais de 2010 - 10: Cabruera

10 - Cabruera
16/05/10 - Virada Cultural, São Paulo


Cabruera - 16/05/10


Com a decisão de ir à Virada Cultural tomada, assim que sai a programação completa, faço um ou mais roteiros para aproveitar ao máximo as dezenas de boas opções que se apresentam. Nesse roteiro, o palco dedicado a mostrar o cenário independente nacional tinha vários ótimos shows, mas que muitas vezes aconteciam simultaneamente a um outro desejo de consumo.



Não lembro se o Cabruera esteve sempre no meu roteiro. Afinal, o show deles ia começar em um horário bem próximo ao do Cantoria, projeto que envolve Geraldo Azevedo, Elomar, Xangai e Vital Farias, cada qual com seu violão. Mas estava entre as possibilidades.



No fim das contas, era ali que eu estava, depois de assistir de longe um trecho do show da Mallu Magalhães, tão injustamente criticada por uns e tão exageradamente superestimada por outros. É uma garota legal que está aprendendo como funciona a vida artística um pouco na marra e um pouco em público.


Mallu Magalhães - 16/05/10


O grande problema é que o show dela estava atrasado e com isso atrasava também a atração seguinte que tocaria no palco que ficava no outro extremo da rua, justamente a Cabruera. Estava quase desistindo de ver a Cabruera, mas decidi, já que estava lá, dar o crédito de ouvir uma música pelo menos, uma vez que gostei da única vez que havia os assistido e estava ouvindo bastante o cd lançado este ano.


Cabruera - 16/05/10


Já estávamos no surgir da noite e a iluminação no palco dos independentes não era das melhores, mas o começo do show da Cabruera foi como uma explosão de luz. Pode parecer um exagero, mas fica aqui na memória a postura incendiária do vocalista Artur Pessoa frente a um trio de rock mais básico possível, com baixo, guitarra e bateria, fazendo um som que transformava a Paraíba de onde vieram na Pernambuco do Mangue Beat e tudo que veio depois.



Mas com um caminho próprio, que passa por repentes embolados de deixar qualquer um sem fôlego e a destreza em conduzir, como se fosse uma rabeca, um violão tocado com caneta esferográfica.


Cabruera - 16/05/10


Fora isso, em dado momento Artur escala a lateral do palco e passa a cantar lá de cima, deixando todo mundo de pescoço torto. De uma música que eu ia assistir acabei testemunhando até o fim a força da Cabruera. Perdi o começo da Cantoria, mas foi por um ótimo motivo.

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