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domingo, 6 de dezembro de 2009

200 Discos Nacionais dos Anos 00 - 190 a 181

190 - Black Drawing Chalks - Big Deal (2007)

A cena roqueira de Goiânia, capa de diversas revistas, revela seu produto mais bem acabado na tradição que já possui de bandas para se ouvir dançando, balançando a cabeça e jogando cerveja em geral, tal qual seus padrinhos, a banda conterrânea MQN. BDC já tem um segundo disco, Life Is a Big Holiday For Us, mas meu preferido é esse primeiro, que me lembra um pouco de Soundgarden, Queens of The Stone Age e Hellacopters. Destaque: "Rising Sun In The People Sky Morning".



189 - Ortinho - Ilha do Destino (2002)

Buscando novos caminhos depois do fim de sua banda Querosene Jacaré, Ortinho se aproxima da MPB contemporânea de artistas como Chico César e Zeca Baleiro, que junto com Arnaldo Antunes, fazem participações especiais no disco. A diferença de Ortinho para essa MPB é que ele esteve no meio da efervescência do movimento mangue beat em Recife nos anos 90. E isso transparece na maioria das músicas, seja nos ritmos que surgem ou em letras como "Ciranda de Lia".



188 - Lucas Santtana - Parada de Lucas (2003)

Dá pra perceber o interesse de Lucas Santtana no mundo digital quando ele faz uma música chamada "Eu@.com.você", né? E não é algo forçado, Lucas é realmente alguém ligado às possibilidades que a tecnologia dá, tanto para conhecer como fazer música, como é possível ver no seu site Diginóis. Neste disco, seu segundo da carreira, há uma proliferação de ritmos se entrelaçando, de afrobeat e música latina a funk carioca, com barulhinhos vindos de todo canto, até mesmo quando regrava "Punky Reggae Party" de Bob Marley.



187 - Os Ritmistas - Os Ritmistas (2007)

Apesar das presenças do percussionista francês Stephane San Juan (Orquestra Imperial) e do baterista Dany Roland, que era da banda Metrô e teve algum sucesso nos anos 80, a figura central desse grupo é o multi-instrumentista e vocalista Domênico, que além de tocar com Stephane na Orquestra Imperial, é a parte rítmica do grupo +2 junto com Moreno Veloso e Kassin. Os Ritmistas acaba guardando relação estreita com os discos do +2, onde o experimental busca um acordo de harmonia agradável dentro do samba, da música eletrônica e da bossa nova. Parte da Orquestra Imperial faz participação no disco.



186 - Perito Moreno - Made To Escape / Save The Elephants (2008 / 2009)


Perito Moreno não é um grupo de pagode, é o nome de uma geleira que fica ao sul da Argentina. É também o nome do projeto solo de Beto Cupertino, líder do Violins. Cantado quase todo em inglês, Made To Escape e Save The Elephants só se diferenciam porque o primeiro tem como prioridade o violão para acompanhar a voz de Beto e no segundo o escolhido é o piano. Nenhum dos dois tem capa, são álbuns virtuais que você pode baixar aqui.



185 - Os Pedrero - Hard Rock Dreams (2001)

Esse é o problema do mundo virtual de hoje em dia. É uma pena não poder andar por aí com um LP debaixo dos braços contendo uma capa tão tosca. Tosca é a palavra-chave para definir essa banda de punkrockhardcore do Espírito Santo composta de membros de bandas como Mukeka di Rato e Merda. Mas isso só se restringe à capa, às letras idiotas e engraçadas e ao espírito do grupo, porque o instrumental é bem feito e as melodias são contagiantes - pra quem gosta de punk rock, claro. "Poxa" é um clássico.



184 - Frank Jorge - Volume 3 (2009)

"Elvis na fase decadente / é bem melhor que muita gente". É assim que Frank Jorge dá as boas vindas em Volume 3, um disco simples que vai direto ao ponto, seja na sonoridade jovem guarda (o órgão hammond passeia pelo disco todo), seja na forma direta, sem subterfúgios que Frank Jorge escreve suas letras. Simples na aparência, mas quem escreve "Sono dos justos adeus / O que Vale é a lei do mercado" (na canção "Eu Demiti Um Amigo") mostra um pouco mais de tutano que 90% do rock nacional.
Veja: Resenha da Dine sobre o show de Frank no HPP 2008


183 - Maria Rita - Maria Rita (2003)

No meio de tantas cantoras-de-MPB que surgem a cada semana, como uma intérprete pode se destacar? Será que sendo filha da Elis Regina ajuda? Bom, ter a voz parecida com a mãe certamente. E talvez facilite para escolher bons produtores e músicos. Mas nada disso ajudaria se não fosse escolhido um bom repertório, que é o grande trunfo do primeiro cd da Maria Rita, que além de cantar músicas de compositores/cantores já conhecidos como Rita Lee e Milton Nascimento, ainda faz Marcelo Camelo do Los Hermanos entrar na MPB de vez com três composições, uma delas a belíssima "Santa Chuva". Some-se a isso a produção de Tom Capone e a escolha de usar uma banda quase de jazz, com piano, contrabaixo acústico e bateria ditando as canções e o resultado é uma bela estréia.



182 - Rabotnik

Um dos muitos projetos de alguns dos músicos do Binário, o Rabotnik é melhor apreciado com o aparato visual criado para os shows (ou pelo menos o show que eu vi). No release disponível no myspace eles informam que são influenciados por mestres de trilha-sonora no cinema, como Ennio Morricone e Henry Mancini. Mas certamente o filme que passa na cabeça dos músicos está mais para projeções experimentais e luzes piscando em formas geométricas surgindo de lugar nenhum do que faroestes ou A Pantera Cor-de-Rosa.



181 - Pata de Elefante - Pata de Elefante (2004)

Nos últimos anos, a música mais alternativa brasileira viu surgir uma sucessão de bandas instrumentais, muitas delas apostando somente em surf music ou post-rock (olha o Rabotnik aí acima). Os gaúchos do Pata de Elefante preferem pegar o rock-rock (estilo zagueiro-zagueiro) mesmo, naquela região de tempo entre o fim dos anos 60 e início dos anos 70. Led Zeppelin, Lynyrd Skynyrd, blues com molho de country americano. Tem também surf music, como é o caso de "Não Fique Triste". Mas o som é bem mais diversificado que a média, como atesta "Cidade Invisível" logo mais na frente.

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