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domingo, 13 de dezembro de 2009

200 Discos Nacionais dos Anos 00 - 120 a 111

120 - Luisa Mandou um Beijo - Luisa Mandou um Beijo (2005)

Escrevi isso para o Humaitá Pra Peixe deste ano, acho que tá valendo: Timbres e distorções de guitarras de rock alternativo dos anos 90 tocando acordes e harmonizações de bossa-nova. Indie Rock doce igual geléia de morango, Belle & Sebastian, Mutantes, Pelvs e Stereolab como influências, música gostosa de ouvir num pôr-do-sol aos pés de um Corcovado imaginário onde Tom Jobim e o Pavement fossem seus vizinhos. Assim pode ser descrita a banda Luisa Mandou um Beijo. Uma banda carioca cujo nome parece mais um poema dadaísta, ou um título de um curta-metragem, ou de uma HQ na revista Tarja Preta. As letras também trazem referências cinematográficas, literárias e artísticas, onde cada frase pode ser um pequeno retrato, um fragmento de um filme (ou vários) que pode passar na sua cabeça na hora que você ouve "Bauhaus Today" e "Desfeito em Luz", por exemplo. Baixe.



119 - João Brasil - Big Forbidden Dance (2008)

Mashup foi um gênero surgido neste século que consiste em pegar uma música e misturar com outra, sendo que a graça é quando você pega duas coisas improváveis, tipo Madonna com Sex Pistols ou Strokes com Christina Aguilera. Teve gente lá fora levando isso ao extremo de misturar centenas de músicas em um único disco, como é o caso do Girl Talk. João Brasil, fanfarrão e expert em tecnologia musical resolve fazer o mesmo aqui no Brasil e o resultado é esse Big Forbidden Dance: Kaoma, baile funk, Sepultura, Roberto Carlos e Jon Secada, tudo junto e misturado. Mesmo. Baixe aqui (tirei daqui o link).



118 - Otto - Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos (2009)

Se eu fosse você que está lendo isso e tivesse curiosidade de conhecer o mais recente trabalho do Otto, recomendo começar pela música "6 Minutos". Depois de discos com muitos altos e baixos o cantor e performer pernambucano parece estar na beira do mundo e sem chão, sendo castigado pela guitarra de Fernando Catatau, que emula Lanny Gordin e Sérgio Dias ao mesmo tempo, aumentando a carga emocional até o último suspiro de Otto. Pronto, agora você pode começar a ouvir o disco desde o começo e prestar atenção em "Crua", "Naquela Mesa" e "Filha"



117 - Lê Almeida - Revi (2009)

Qualquer músico, iniciante ou renomado, deveria sentir inveja de Lê Almeida. Mesmo adepto do lo-fi (gravações com poucos recursos de estúdio) de bandas como Guided By Voices, Elliott Smith e Pavement no ínicio da carreira, conseguiu fazer um disco muito bem gravado quase todo dentro do seu quarto, com o pouco que tinha à disposição. Ok, tá cheio de artista por aí hoje em dia fazendo isso, principalmente eletrônicos e meninas de 15 anos com violão na mão. Mas e quando o sujeito coloca riff sujos de guitarra em rocks como "Eu Não Vou Acreditar", "22 Anos" e principalmente "Nunca Nunca"? Fazer isso bem, poucos fazem e Lê Almeida é um deles. Baixe aqui, descendo ali pelo canto direito.



116 - Erasmo Carlos - Rock'n'Roll (2009)

Você não vai ouvir este disco pensando no Erasmo Carlos entrando no palco a bordo de uma Harley-Davidson com uma roupa toda de couro cheia de tachinhas e fazendo chifrinhos com a mão. É Rock'n'Roll, mas de classe, de alguém que já está nessa há mais de 40 anos e depois de muito tempo lança um disco à altura de sua experiência. Apesar de parceiros como Nando Reis e Nelson Motta em algumas composições, as melhores faixas foram escritas pelo próprio tremendão: "Jogo Sujo", "Cover" e "Olhar de Mangá".



115 - Quanta Ladeira - Carnaval 2008

Graças a esse áudio que surgiu pela rede eu decidi que tinha que ir ao carnaval de Recife este ano. Em junho de 2008 eu escrevi: Criado por Lenine e outros há mais de dez anos, o bloco Quanta Ladeira se apresenta no carnaval de Recife mostrando paródias e versões dementes, pornográficas, absurdas, ofensivas e principalmente hilárias de sucessos dos mais variados estilos. Além de Lenine, também participam Silvério Pessoa e Lula Queiroga, além de convidados que vão desde Pedro Luís a Caetano Veloso. Muita gente é sacaneada sem dó nas letras, de Milton Nascimento a Preta Gil, passando pelo repórter Chico José. Aqui você pode baixar as apresentações de 2008 e 2009.



114 - Skank - Cosmotron (2003)

A banda, que na década anterior foi um sucesso de vendas tocando um dancehall animado, passou este século se arriscando em uma transição para uma influência forte de Beatles e Lô Borges. Lô Borges que ajuda na composição de "Dois Rios", puro Clube da Esquina. Mas o grande sucesso do disco foi "Vou Deixar", um power pop ótimo e distante do som que faziam antes. "Supernova", "Formato Mínimo" e "Amores Imperfeitos" também se destacam.



113 - Pullovers - Tudo Que Eu Sempre Sonhei (2009)

Bom, acabei de falar sobre power pop no disco acima e aí chega esse Pullovers novo e repaginado, com "Tudo Que Eu Sempre Sonhei" música que abre o disco de mesmo nome, que junta Rivers Cuomo com Chico Buarque no mesmo barco a navegar pelo rio Tietê. Mpb losermânica, mas mais pesada que o trabalho costumeiro dos barbudos, a faixa de abertura é um cartão de visitas poderoso, que é complementado por "1932 (C.P.)", "Marcelo Ou Eu Traí O Rock", "O Que Dará O Salgueiro" e "Tchau", entre outras.




112 - Autoramas - Stress, Depressão e Síndrome do Pânico (2000)

Informação nº 1: Gabriel Thomaz é um dos melhores compositores do Brasil. Na maioria das vezes direto e cínico, em outras tantas romântico como um jovem Roberto Carlos, com os Autoramas ele consegue ser mais completo do que com o rockabilly do Little Quail and the Mad Birds, sua antiga banda. Acrescente a isso o baixo com pedal de distorção de Simone e a porrada que Bacalhau (ex-Planet Hemp) empreende na bateria e temos um grupo pesado, rápido e dançante que empolga em "Fale Mal de Mim", "Carinha Triste", "Ex-Amigo", "Tudo Errado", "Autodestruição" e "Catchy Chorus"



111 - Fábio Góes - Sol no Escuro (2007)

Não sei como descobri esse disco, mas provavelmente em algum blog, há uns dois anos atrás. Da época que escutei Sol no Escuro e montei uma lista nunca publicada de melhores de 2007, encontrei esse rascunho: Gritos contidos. No breu você só tem a sensação de estar num lugar apertado e frágil, pronto pra quebrar e mesmo assim você não tem forças pra fazê-lo. Denso, tenso e belo. Assim é o começo do disco de Fábio Góes. Depois ele abre o espírito para momentos iluminados, sambas tímidos e standards interrompidos. Vale a pena ouvir o que se passa por trás de cada canção.

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